A Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Eins- tein Organização está entre as três mais bem pontuadas do mundo na cadeia de saúde, segundo relatórios publi- cados pela S&P Global Ratings. De acordo com Guilherme Schettino, diretor de Sustentabilidade e Responsabilidade Social do Einstein, há diversos projetos em curso que levarão a instituição a reduzir 50% as emissões até 2030 e neutralizar totalmente a emissão de carbono em 2050, em compromisso assumido na campanha Race to Zero, da ONU.

Mas como saber se os esforços de hoje serão, de fato, suficientes? Para isso, um olhar externo sobre os com- promissos adotados é uma ferramenta importante. Foi o que a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein buscou ao decidir submeter as suas práticas de ASG (ambiental, social e governança) à avaliação da S&P Global Rating, em 2022. Esse tipo de avaliação é comum entre empresas de capital aberto, mas não entre instituições sem fins lucrativos. O movimento do Einstein pode estimular a melhoria das práticas ASG no setor de saúde. “A decisão de contratar uma consultoria para avaliar o nosso desempenho se baseou no desejo de entender como estamos e onde podemos melhorar, para planejarmos os próximos passos”, explica o presidente do Einstein, Sidney Klajner. “A estratégia de ASG do Einstein tem como objetivo genuíno transformar a saúde no Brasil”, registra Sidney.

A pontuação alcançada, de 76/100, mostra o Einstein entre as três melhores organizações do mundo na cadeia de saúde (entre hospitais, empresas de equi- pamentos e insumos e farmacêuticas), na comparação com outras análises públicas feitas pela S&P. Também é a instituição mais bem posicionada na América Latina quando comparada a empresas de todos os setores.

Impacto social

Segundo o relatório, as atividades do Einstein são direcionadas pela missão de prover serviços por meio da alta qualidade, segurança e inovação em assistência, expandindo o acesso à saúde a populações e comunidades vulneráveis. Isso se traduz na promoção de maior equidade em saúde. “Desenvolvemos ações e projetos voltados à melhoria da gestão, do diagnóstico e do tratamento na saúde pública e privada, temos um modelo de governança sólido, que é levado a todas as nossas unidades, e contribuímos significativamente para a melhoria dos resultados de saúde das comunidades em que atuamos”, afirma Henrique Neves, diretor-geral do Einstein. “Nosso compromisso é com a equidade em saúde e estamos fazendo isso por meio de diversas iniciativas, como avaliou o relatório”, complementa.

A consultoria internacional destaca a missão social do Einstein integrada a suas atividades privadas, incluindo a “extensão dos serviços de alta qualidade” aos usuá- rios do Sistema Único de Saúde (SUS). “O Einstein redesenhou seu sistema de gestão de saúde para integrar os mesmos padrões oferecidos tanto em suas unidades públicas como privadas”, ressalta o relatório.

A organização faz a gestão de três hospitais públicos no Brasil: os municipais Vila Santa Catarina Dr. Gilson de Cássia Marques de Carvalho e o M’Boi Mirim Dr. Moysés Deutsch, em São Paulo, e o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia, em Goiás. Faz ainda a gestão de outras 26 unidades públicas como Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) na capital paulista. “O Einstein acompanha de perto as métricas de satisfação dos pacientes por seus diferentes serviços de saúde. Essas médias foram de 80% em instalações privadas e 84% em instalações públicas, o que é superior às dos seus pares locais”, observa a S&P.

A promoção do acesso à saúde de qualidade também se dá no desenvolvimento de projetos voltados à melhoria da gestão, ao diagnóstico e ao tratamento em saúde pública por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS). Desde 2009, mais de cem projetos foram executados pelo Einstein, com dispêndio de cerca de R$ 3 bilhões.

Desde 1998, o Programa Einstein na Comunidade de Paraisópolis, da área de Responsabilidade Social da organização, promove projetos não só de saúde, mas também de educação, esportes, artes, serviço social e capacitação profissional para ajudar a reduzir vulnerabilidades socioeconômicas na comunidade. Neste período, já foram realizados mais de seis milhões de atendimentos.

Quando o tema é diversidade, o relatório menciona que o Einstein revela “métricas que não são amplamente divulgadas na indústria”, como as raciais, de pessoas com deficiência e de desigualdades salariais entre homens e mulheres.

Na área de gestão de segurança, a S&P avalia que a atuação do Einstein é abrangente e “se espelha nas melhores práticas internacionais”. A organização foi a primeira fora dos Estados Unidos a ser acreditada, em 1999, pela Joint Commission International, que atesta processos de qualidade e de segurança em saúde.

 

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